Acredito que não perdoamos a pessoa no seu verdadeiro sentido, porque o que ela tiver feito continua ali na cabeça, nos rondando.
Por mais que esqueçamos a maior parte do tempo, cedo ou tarde aquela lembrança dolorosa vem à tona, e nos apercebemos que ainda magoa, que ainda dói. È como aquela ferida, que sabemos que está ali, e não devemos tocar, senão voltará a doer.
Desculpamos, aceitamos que a pessoa volte a conviver conosco, mas não esquecemos.
Perdoar, é divino. Supostamente quando erramos, Deus nos dá uma nova chance pra recomeçarmos, sem julgamentos do passado que carregamos.
Daí talvez o perdão, não faça mesmo parte da natureza humana.
Desculpamos sim, aceitamos que a pessoa volte a fazer parte dos nossos dias, mas a lembrança do erro cometido continua lá nos tirando o sossego uma vez a outra.
Fica sempre aquela dúvida :”Será que fiz bem ao perdoar essa pessoa?Será que ela não voltará a me magoar? Ela estava sendo sincera quando me pediu perdão?”
E qualquer passo que a pessoa der em falso, a julgaremos não apenas por aquele erro, mas pelo erro antigo que ela tiver cometido .
A nossa mente não esquece das coisas boas, e muito menos das más, essas se alojam na cabeça, remoem,maltratam, ferem, daí que o perdão seja tão difícil de pôr em prática.
Mas que desculpar e tentar um novo começo faz bem à alma disso eu não tenho dúvida.
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